Ilustradas invariavelmente com fotos de agentes policiais e das forças especiais, encapuzados, durante a acção em Verviers, no leste da Bélgica, onde dois "jihadistas" foram mortos e um terceiro ferido, as manchetes da imprensa belga sublinham que as autoridades "frustraram ataques iminentes" que tinham como alvo a própria polícia.
"Os jihadistas visavam a polícia", escreve o diário Le Soir, que, citando fontes da procuradoria federal, sublinha que os terroristas, que regressaram recentemente da Síria e que tinham em sua posse quatro metralhadoras 'kalachnikov' e produtos destinados ao fabrico de bombas, visavam levar a cabo atentados contra comissariados da polícia.
Segundo o La Dernière Heure, "os terroristas tinham um único objectivo: chocar a Bélgica ao atacar a polícia", como admitiu o Eric Van Der Sypt, porta-voz da procuradoria federal, que admitiu que a atenção dos suspeitos estava "sobretudo centrada na polícia".
Citando "fontes judiciais próximas do processo", o alvo principal era a nova sede da polícia federal em Bruxelas "e estava também planificado um rapto", provavelmente de alguém com um alto cargo na hierarquia policial.
"Atentados iminentes prevenidos na Bélgica", escreve o La Libre Belgique, que, num dossier especial de 12 páginas, destaca o facto de a localidade de Verviers, perto da fronteira com a Alemanha, ser, já há vários anos, "um ninho de radicais".
Entre os jornais francófonos, o La Capitale saúda a intervenção policial, escrevendo em manchete que "a Bélgica atinge os terroristas".
Já entre os jornais da Flandes, em flamengo, o De Staandard, da Flandres, assinala em manchete "polícia (era o) alvo do terror", enquanto o De Morgen adverte que "A Bélgica ainda receia ataques: o perigo ainda não passou".
Lusa/SOL