O arguido, um motorista de 43 anos, residente no concelho de Santana, é acusado dos crimes de ofensa à integridade física qualificada e injúria agravada, depois de, a 02 de Setembro de 2012, ter atirado a Alberto João Jardim um copo de cerveja na Festa da Uva, na freguesia do Porto da Cruz.
Alberto João Jardim, assistente neste processo, apresentou uma declaração informando o tribunal da sua decisão de desistir da queixa e do pedido de indemnização, após ter sido "notificado do pedido de desculpas" do arguido.
No texto do pedido de desculpas, a que a Lusa teve acesso, o arguido expressou o seu "mais sincero arrependimento pelo inescusável incidente" que provocou, admitindo que se encontrava "naquela altura em estado alterado por alcoolemia incipiente e sem qualquer motivo de natureza profissional, pessoal ou até mesmo política".
O motorista reconheceu que, ao atirar o copo com cerveja, ofendeu a "integridade física e moral" do presidente do executivo madeirense.
"Tenho a plena consciência hoje de que, além de desrespeitar o presidente do Governo Regional, enquanto figura pública, desrespeitei a pessoa do doutor Alberto João Jardim", pode ler-se na declaração.
O arguido disse assumir toda a responsabilidade e lamenta "todos os prejuízos e incómodos" que causou.
Contudo, apesar da decisão de retirar a queixa por parte do presidente do executivo madeirense, o Ministério Público, "atendendo à natureza pública do crime de agressão", não prescindiu de inquirir as testemunhas que arrolara, disse na altura à agência Lusa o advogado do ofendido, afirmou Augusto Marques.
Lusa/SOL