"No ano passado (2013) fizemos três aumentos, com o subsídio de alimentação incluído. Este ano vamos começar com um primeiro aumento, que será efectivo a partir de 01 de Fevereiro, de 15% do salário mínimo dos trabalhadores venezuelanos e de todas as pensões dos nossos velhinhos", disse.
Nicolás Maduro falava no parlamento venezuelano, durante a sessão anual de apresentação de "memória e contas" do chefe de Estado, na qual sublinhou que "tem havido um ataque, uma inflação induzida" e que o Executivo está na obrigação de cuidar do emprego, dos investimentos e dos rendimentos da população.
Com o novo aumento os venezuelanos vão passar a receber mensalmente 5.633,97 bolívares que equivalem a 770 euros, num país onde vigoram três taxas de câmbio oficiais, 6,30, 12 e 52,1 bolívares por cada dólar norte-americano, aplicadas a alimentos e importações prioritárias, turismo e outras importações, respectivamente, e onde um café custa 40 bolívares (5,47 euros).
Por outro lado anunciou que o seu Governo continuará a usar um sistema de controlo cambial de "três mercados" (três taxas), mantendo a taxa preferencial de 6,30 bolívares para a importação de alimentos, um "sistema de leilões" que unificará as outras duas taxas actuais, e um novo sistema de casas de câmbio, no qual participará o sector privado.
Os pormenores destes três sistemas cambiais, segundo disse, vão ser divulgados pela sua equipa económica.
Por outro lado admitiu que os preços internacionais do petróleo "não vão voltar aos 100 dólares por barril" e pediu para se debater um eventual aumento do preço da gasolina que actualmente é de 0,012 euros o litro na Venezuela.
"É um preço que não cobre praticamente nada (…) pagamos para que deitem (gasolina) nos tanques dos carros mas, nem cobre o mínimo", disse vincando que o aumento do preço do combustível é um tema delicado que não permite tomar decisões aceleradas.
Lusa/SOL