Em nota enviada às redacções, a JSD de Coimbra justifica o suscitar da questão com a defesa da saúde pública. "Não regulamentar esta actividade é aceitar que ela seja praticada por pessoas infectadas com doenças sexualmente transmissíveis", defende o presidente daquela estrutura, João Paulo Oliveira.
Os sociais-democratas querem ainda defender os profissionais do sexo de situações de "violência, coacção e outra sorte de abusos".
"Aceitar como ilegítima e indigna esta actividade tem tido como consequência deixar crescer na sombra a erva daninha do proxenetismo ", lê -se na moção, que associa ainda a falta de regulação da prostituição a situações de tráfico de seres humanos e redes de exploração de imigrantes ilegais.
"Quem lucra com isto são proxenetas e donos de casas de alterne que conseguem, mais do que mão-de-obra barata, mão-de-obra assustada e aterrorizada perante a ameaça do repatriamento", dizem os jovens da JSD de Coimbra.
A moção, que foi aprovada por unanimidade, deverá agora ser alvo de debate "junto da sociedade civil e dos órgãos nacionais da JSD e do PSD".
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