"Vamos bater-nos enquanto pudermos para que o processo de venda seja travado e discutido", garantiu à Lusa o cineasta António-Pedro Vasconcelos, que lidera o movimento "Não TAP os Olhos", que vai promover a realização de um referendo para dar a conhecer a vontade popular.
Para tal, o movimento vai sair à rua para recolher 75 mil assinaturas, o que considerou "um número perfeitamente alcançável", mas que exigirá "muita militância" por parte dos seus elementos.
Entretanto, a Comissão de Trabalhadores da TAP e da Groundforce já se juntou à iniciativa, apelando a todos os trabalhadores, familiares e amigos para participarem como forma de demonstrar ao Governo que "estão contra mais esta delapidação pública".
O SITAVA-Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, um dos três sindicatos que ficou de fora das negociações com o Governo para um acordo de protecção laboral, convocou uma greve parcial para os trabalhadores da Groundforce – no aeroporto de Lisboa – poderem participar na iniciativa, o que não deverá trazer perturbações no serviço de assistência em terra.
"Não creio que possa haver grandes transtornos resultantes da greve, uma vez que é por um período parcial e no horário em questão", adiantou Paulo Duarte, dirigente do SITAVA.
O Governo relançou a privatização da TAP em Novembro e já este mês aprovou em Conselho de Ministros o caderno de encargos, que define as condições para a venda de até 66% do capital do grupo.
No início de Fevereiro, será disponibilizada a restante informação sobre o grupo aos interessados, revelou na quarta-feira o secretário de Estado dos Transportes, um processo que deverá estar concluído ainda no primeiro semestre de 2015.
Lusa/SOL