"Badajoz não está no interior, não. Badajoz está a meio caminho entre o mediterrâneo e o atlântico, mas para que isto seja verdade é necessário que entre Badajoz e o nosso porto de Sines exista uma ligação ferroviária para mercadorias, que permita uma boa ligação de Badajoz ao mundo", disse.
"É juntos que temos que melhorar a interconexão das nossas redes de energia às redes europeias, porque podemos com isso melhorar a segurança energética da Europa e podemos oferecer à Europa mais e melhor energia, energia renovável, dos nossos rios, do nosso vento e do nosso sol", acrescentou.
O secretário-geral socialista falava em Badajoz (Espanha), no âmbito de um encontro transfronteiriço organizado pelos socialistas portugueses e espanhóis, iniciativa que contou também com a participação do líder do PSOE, Pedro Sánchez.
Para António Costa, com o fim das fronteiras, surgiu uma "oportunidade única" para que Portugal e Espanha possam desenvolver um trabalho em comum, dando como exemplo o Alentejo e a Extremadura espanhola.
Costa quer que estas duas regiões "deixem de ser interior" e passem a ser uma "plataforma comum" no centro da Península Ibérica e uma "plataforma comum de desenvolvimento, prosperidade e criação de riqueza".
"Esta nova relação exige um novo olhar sobre o nosso território. O Alentejo e a Extremadura, como toda a zona fronteiriça, desde a Andaluzia à Galiza, não podem continuar a ser uma barreira entre nós", acrescentou.
Durante o encontro, o candidato do PSOE "a lá Alcadía" de Badajoz, Ricardo Cabezas, desafiou o líder do PSOE, caso venha a ser eleito presidente do Governo, a desenvolver naquela região o projecto do TGV.
Ricardo Cabezas relatou ainda que a Universidade da Extremadura acolhe vários estudantes portugueses e que aquele espaço deveria transformar-se na primeira "Universidade Ibérica".
"Por último, um projecto que eu entendo e que acho que deveria ser uma realidade passa por criar condições para que o Alqueva seja navegável desde Badajoz até Portugal", concluiu.
Lusa/SOL