A empresa, que está há sete anos em Portugal, onde detém uma participação na Lusomorango, tem "perspectivas de aumento da área de produção na ordem dos 50 a 60 hectares para os próximos anos", afirmou aos jornalistas Arnoldo Heeren, director da empresa em Portugal, durante a maior feira de frutas e legumes, que terminou sexta-feira em Berlim, Alemanha.
O investimento estimado, que segundo a empresa pode situar-se entre 1,5 e 3 milhões de euros, vai permitir duplicar a área de cultivo dos mirtilos, tornando Portugal no maior produtor para os mercados da Europa, Médio Oriente e África.
Nas framboesas, Portugal é já hoje o maior produtor da Europa.
Através da Lusomorango, em Odemira, a gigante americana tem em Portugal 400 hectares de produção, repartidos por várias quintas de 44 produtores, sobretudo no Alentejo, zona centro e Algarve.
Nos últimos dez anos, investiu cerca de 17 milhões de euros no país.
"A Driscool's, que é uma empresa da Califórnia que vai na quinta geração de gestão familiar, sempre procurou o clima ideal para produzir fora da Europa e sempre foi esta busca do clima ideal que norteou as expansões. No final dos anos 90, encontrou na Zambujeira do Mar e na costa alentejana o clima mais parecido do mundo com o da Califórnia, o clima ideal para produzir frutos vermelhos", explicou Nuno Simões, director da empresa para a Península Ibérica e Marrocos.
A primeira produção de frutos vermelhos em Portugal aconteceu em 2007, ano em que facturou dois a três milhões de euros, e passados sete anos, em 2014, atingiu os 35 milhões, contribuindo para a criação de 4500 postos de trabalho.
"Estamos num mercado que tem tido um potencial de crescimento muito grande, porque os frutos vermelhos estão na moda e têm benefícios elevados para a saúde. Costumamos dizer que somos a guloseima saudável e as pessoas estão a aceitar muito bem", justificou.
A Driscool's é o maior produtor mundial de morangos, framboesas, amoras e mirtilos, com um volume de negócios de três mil milhões de euros.
Lusa/SOL