Papandreu é rosto da crise

          

George Papandreu foi o último líder do PASOK a vencer eleições. Foi em 2009, quando já era líder da Internacional Socialista há três anos, e a política grega começava a gravitar à volta da crise.

O mandato durou pouco mais de dois anos, com o líder socialista a demitir-se após o resgate da troika, para dar lugar a um Governo de tecnocratas. Um golpe que o PASOK continua a pagar, embora já sem Papandreu: em Janeiro, o antigo PM criou o Movimento dos Socialistas Democratas, apelando à adesão de todos os que acreditam que “com reformas democráticas reais, a Grécia pode sair da crise”. No final da campanha, chegou a sugerir a hipótese de servir como parceiro de coligação do Syriza, como forma de se afastar dos antigos camaradas.

Mas a jogada não convenceu os gregos e a nova formação de Papandreu obteve pouco mais de 150 mil votos e ficou-se pelos 2,5%. Números que impediram a eleição de um único deputado e deixaram a família socialista internacional na posição inédita de ter um líder sem qualquer representação política nacional.

nuno.e.lima@sol.pt