O novo composto é próprio para os diabéticos de tipo 1, aqueles a quem a diabetes aparece na infância ou na adolescência e que é uma doença auto-imune, causada pela destruição das células beta – situadas no pâncreas – que fabricam insulina. Daí que estes pacientes se tornem insulinodependentes para garantir a sua qualidade de vida e até a sobrevivência. Para isso, têm de ministrar insulina diariamente para nivelar a quantidade de glicemia no sangue.
Se a insulina injectada for superior às necessidades, os diabéticos entram em risco de hipoglicemia – uma queda abrupta da glicemia –, algo que deve ser evitado. Tal como o contrário, ou seja, a hiperglicemia, valores muito altos e constantes que resultam de insulina a menos. O equilíbrio entre os dois estados é o que se pretende para os diabéticos, e os cientistas americanos dizem que o débito da nova insulina no sangue, atingido um nível mínimo de glicemia pré-estabelecido, pára automaticamente, para que não exista risco de hipoglicemia. Esta insulina, dizem ainda, quando injectada, foi concebida para se juntar a uma proteína do sangue, a albumina, o que garante que ela fique ‘guardada’ numa espécie de depósito. Quando os níveis de glicemia aumentam, ela é então libertada.
Por agora, a insulina ‘inteligente’ resultou em ensaios feitos em ratinhos. Até se testar em seres humanos e entrar no mercado serão precisos mais anos de investigação, garante a equipa norte-americana.