Marinho e Pinto quer que as listas de deputados à Assembleia da República pelo seu partido, o Partido Democrático Republicano (PDR), sejam paritárias (um homem, uma mulher).
A intenção do ex-bastonário dos Advogados vai depender do número de mulheres. Entretanto já deu indicações para que as listas comecem a ser feitas de baixo para cima (dos últimos lugares até aos cabeças-de-lista). O rumo é claro: «Não temos a pretensão de ter o primeiro-ministro mas não vamos ser apêndice do PS, não nos vamos encostar a ninguém», diz ao SOL o secretário-geral do PDR, Vieira da Cunha.
Tal como o SOL noticiou online, o PDR foi esta quinta-feira legalizado pelo Tribunal Constitucional e assim vai já poder concorrer à Assembleia Legislativa da Madeira, com eleições a 29 de Março. O partido vai concorrer sozinho e as listas vão ser apresentadas na segunda-feira.
Há dez dias o partido abriu inscrições no seu site para quem se queira inscrever como militante. «Já temos 420 inscrições», diz Vieira da Cunha, notando que tem recebido entre 50 a 60 telefonemas por semana de pessoas que querem participar ou apenas pedir ajuda a Marinho e Pinto. «Sou uma espécie de muro das lamentações», conta Vieira da Cunha, que foi co-fundador do PSD. As pessoas que contactam o novo partido «querem participar, acreditam em Marinho e Pinto», diz e augura: «Temos que transformar essa liderança individual, capaz daquele resultado nas Europeias, num partido aberto. Vamos ser a surpresa no país». O programa de Governo já começa a ser desenhado sob coordenação de Fernando Condesso e Eurico Figueiredo, outros históricos do PSD e PS.
O PDR não terá sedes regionais. «São locais de conspiração», diz Vieira da Cunha. Vai antes ter núcleos concelhios com um mínimo de 25 militantes e que se podem reunir onde quiserem, de clubes recreativos a bares, «para ficarem mais próximos das pessoas». O primeiro núcleo a formar-se foi o de Amarante, terra natal de Marinho e Pinto. Também não haverá uma Juventude Partidária. «As Jotas geraram uma geração que não é a representação do sadio que deve ser a política», refere Vieira da Cunha. Os militantes do PDR vão pagar uma quota anual de 20 euros – um valor mais alto que os 12 euros anuais do PSD e PS, os idosos pagam apenas 10 euros, os estudantes 6 e os desempregados não pagam.