Nos Açores, em particular na ilha Terceira, a notícia caiu que nem uma bomba, mesmo depois de o Departamento de Defesa dos EUA iniciar o processo de redução em 2012. Roberto Monteiro, autarca da Praia da Vitória, tratou de alertar para as consequências da redução de efectivos americanos e de trabalhadores portugueses no concelho onde está localizada a Base. A autarquia prevê que esta segunda fase signifique uma redução na ordem dos 30% do seu PIB e 2000 novos desempregados, num municípo com 21 mil habitantes. A isso acresce o encerramento de várias empresas que, indirectamente, usufruem da presença da Base naquele concelho da ilha Terceira.
O Governo da República espera compensações dos EUA, embora sem as concretizar. Vasco Cordeiro, líder do Executivo açoriano, exige receber dos EUA 167 milhões de euros anuais nos próximos 15 anos, dos quais 100 milhões seriam para atenuar a pegada ambiental deixada na ilha e a demolição das estruturas que ficarem obsoletas. Estas exigências terão sido colocadas na primeira reunião da Comissão Bilateral, no último dia 11, e da qual não saiu fumo branco. Ainda.
Enquanto nos bastidores da diplomacia entre os dois países se cosem as linhas com que será selada a saída das Lajes, há uma convicção entre populares: a geografia não mudou. O SOL registou um argumento comum: 'Cada governo tem a sua guerra', dizem os populares. O mesmo é dizer que os Republicanos terão a sua e os EUA podem voltar em força à ilha. Palavra de quem integrou a história recente da América.
Base das Lajes: Bye bye America
Cidade americana vira fantasma de si própria?
‘Os militares gostam de nós e nós gostamos deles’