"Não guardo na memória que me tenha sido transmitida informação sobre a [aplicação na] Rioforte", vincou Zeinal Bava, na comissão parlamentar de inquérito à gestão do Banco Espírito Santo (BES) e do Grupo Espírito Santo (GES).
O gestor estava a ser repetidamente questionado por Cecília Meireles, deputada coordenadora do CDS-PP na comissão, e, apenas após alguns minutos de questões sobre o tema, respondeu que não tinha memória de ter falado com o ex-líder do BES Ricardo Salgado sobre uma aplicação de 200 milhões de euros na Rioforte, 'holding' não financeira do GES.
Antes, Zeinal Bava havia dito que apenas soube da aplicação na Rioforte somente quando esta foi tornada pública, em Junho de 2014.
O antigo presidente executivo da PT e da Oi está a ser ouvido desde as 16:00 de hoje na comissão de inquérito e pelas 21:30 ainda respondia ao segundo bloco de perguntas dos deputados dos vários partidos.
A comissão de inquérito teve a primeira audição a 17 de Novembro passado e tinha inicialmente um prazo total de 120 dias, até 19 de Fevereiro deste, mas foi prolongado por mais 60 dias.
Os trabalhos dos parlamentares têm por objectivo "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".
Lusa / SOL