Os alunos contam estar reunidos à porta da escola à hora de início das aulas (08h20) estando marcada para as 12h00 uma concentração no local em que toda a população é convidada a participar, para exigir a intervenção necessária à segurança de alunos e professores, num edifício com problemas de degradação há vários anos.
"Pelas 12h30 vamos fazer um cordão humano para dar um abraço ao conservatório", indicou à Lusa o professor Bruno Cochat.
Segundo a mesma fonte, os manifestantes vão dirigir-se, pelas 14h00, à Assembleia da República, onde a comissão criada na terça-feira, na escola, será recebida pelo PCP, BE e PEV.
Para hoje está também prevista uma reunião da direcção da Escola de Música do Conservatório Nacional (EMCN) com a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), sobre a necessidade de obras no edifício que alberga a escola de ensino artístico, informou a tutela na noite de quarta-feira.
Na manhã de quarta-feira, a Escola de Música do Conservatório Nacional foi fechada a cadeado pelos alunos, que querem ver resolvidas as questões de segurança no edifício. A PSP abriu, algumas horas depois, as portas do estabelecimento de ensino.
Uma vistoria da Câmara Municipal de Lisboa ao edifício obrigou, na segunda-feira, por questões de segurança, ao encerramento de dez salas, o que fez com que os alunos ficassem sem algumas aulas.
Representantes de pais, alunos e do conselho geral da escola decidiram, na terça-feira, formar uma comissão que tem como principal objectivo "conseguir chegar à fala" com o Governo, relativamente às obras necessárias no edifício.
A maioria parlamentar chumbou na terça-feira um requerimento do Bloco de Esquerda para ouvir o ministro da Educação sobre o encerramento de várias salas no Conservatório Nacional, por falta de segurança, alegando que já foi anunciada uma intervenção.
O BE, no entanto, mantém que é necessário o ministro da Educação, Nuno Crato, ir ao parlamento explicar como vai processar-se a intervenção, durante quanto tempo e como serão asseguradas as aulas.
Lusa/SOL
