As declarações de Maria de Belém Roseira e de Carvalho da Silva foram proferidas em entrevistas à Rádio Renascença e Antena 1, respectivamente, com o ex-sindicalista a mostrar-se disponível para uma candidatura e a antiga ministra a alimentar um tabu sobre a questão.
Em entrevista à Antena 1, o antigo secretário-geral da CGTP garantiu que não é obcecado com uma candidatura presidencial, mas afirmou-se disponível concorrer em 2016.
Carvalho da Silva disse que poderá avançar, caso o processo de auscultação que está a fazer revele que essa candidatura faz sentido.
"Procurarei não defraudar estas posições e estar disponível", declarou, vincando: "Não foi agora que despertei para este problema, sempre me pronunciei sobre isto. Não estamos perante uma novidade."
O antigo sindicalista considerou ainda que uma candidatura tem de ser apresentada antes das eleições legislativas e que não pode "interferir negativamente" nesse ato eleitoral, devendo ser "uma ajuda para criar alternativa".
Já Maria de Belém Roseira, em entrevista à edição da Noite da Rádio Renascença, afirmou que, "neste momento", essa é uma matéria que não está nas suas preocupações".
"Como militante de um partido político, vou empenhar-me relativamente às legislativas. Depois das legislativas, logo se verá", afirmou.
Questionada sobre se isso implica que não exclui uma candidatura presidencial, Maria de Belém alimentou a incerteza e manteve cenários em aberto.
"Não excluo, nem incluo", afirmou, assegurando depois que não tomará qualquer decisão pessoal nessa matéria antes das legislativas, já que estas "é que são verdadeiramente importantes".
À semelhança de outros dirigentes do PS, Maria de Belém Roseira realçou que o socialista António Guterres, antigo primeiro-ministro e actual Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, é o melhor candidato ao cargo e "tem um perfil ajustadíssimo ao exercício de funções presidenciais".
Lusa/SOL