“Está de boa saúde e recomenda-se”, foi a resposta de António Costa, quando questionado pelos jornalistas, à saída da primeira ronda de visitas das jornadas parlamentares do PS, sob o tema “Crescimento e Inclusão”, que se realizam entre hoje e amanhã em Gaia.
O líder do PS já estava de saída mas Ferro Rodrigues alertou-o para a pergunta renovada dos jornalistas e Costa deu um passo atrás para manifestar apoio inequívoco ao seu líder na Assembleia da República: “É uma grande honra para o PS ter Ferro de novo na primeira linha do combate político como nosso líder parlamentar”.
Já Ferro garantiu que desempenha as funções de líder parlamentar com a “mesma tranquilidade e seriedade” com que desempenhou as funções de, e enumerou, embaixador, secretário-geral do PS, vice-presidente da Assembleia da República e ministro.
Tal como o SOL noticiou, o estilo cordato de Ferro e pouco aguerrido durante os debates quinzenais frente ao primeiro-ministro tem sido questionado, principalmente após o último frente-a-frente em que a polémica sobre as dívidas à Segurança Social de Passos Coelho deveriam ter causado dores de cabeça ao Governo, no Parlamento, mas o primeiro-ministro acabou por conseguir encerrar o assunto.
António Costa está presente nos dois dias de jornadas do PS que começaram na INOVA Gaia, uma incubadora de empresas, e numa creche. O líder do PS aproveitou para sublinhar que há um “combate a fazer pela dignidade do nosso país” e por isso o tema das jornadas é a “alternativa à situação económica e social do país”.
Costa deu o exemplo de Gaia, liderada pelo socialista Eduardo Vítor Rodrigues, para dizer que, apesar de a autarquia ter herdado uma “situação calamitosa, não descurou os investimentos essenciais”, como a creche visitada, numa crítica para este Governo.
Outra das farpas lançadas ao Governo foi a propósito do programa para atrair emigrantes de volta a Portugal e que foi aprovado esta semana em Conselho de Ministros. “É não ter consciência do que aconteceu nos últimos três anos”, referiu Costa, lembrando que mais de 300 mil pessoas emigraram, enquanto o programa aponta para atrair de volta entre 100 a 200 pessoas. “Isso não é um programa, não dignifica a consciência que os grandes políticos têm que ter”, concluiu.
sonia.cerdeira@sol.pt