O cabo da GNR, de 32 anos, está acusado de comércio ilícito de material de guerra, um crime punido pelo Código de Justiça Militar com uma moldura penal de um a quatro anos.
Segundo a acusação, o militar terá realizado a 8 de Março de 2014, Dia da Mulher, quatro espectáculos de striptease em discotecas, bares e restaurantes diferentes com a farda e arma de serviço tendo sido, posteriormente, publicadas fotografias na rede social `Facebook´.
Durante o julgamento, o arguido confessou ter realizado os espectáculos com a farda para dar "mais realismo à personagem" que desempenhava por dificuldades económicas.
Além disso, garantiu que a arma usada nos `shows´ eróticos era uma réplica, emprestada por um amigo.
E, a sustentar esta tese, algumas da testemunhas afirmaram que a arma nunca saiu do posto da GNR dos Carvalhos, Gaia, onde o militar presta serviço.
O MP considerou que a arma utilizada era a de serviço e, assim, o militar pôs em "perigo a vida e segurança das pessoas".
Por esse motivo, pediu dois anos de prisão efectiva por considerar que o arguido "agiu com enorme leviandade e dolo imenso".
Já a defesa pediu a absolvição do militar, alegando que a arma esteve sempre guardada no respectivo cacifo.
Lusa/SOL