Governou sempre com maiorias absolutas. Nos 13514 dias de governação fez 4850 inaugurações, uma média de uma inauguração de 2,7 em 2,7 dias.
A 10 de Junho de 2014 bateu o recorde de longevidade no poder, recorde esse que pertencia a Oliveira Salazar (36 anos e 85 dias de governação).
Entre eleições Regionais, Autárquicas, Europeias, Presidenciais e Legislativas Nacionais averbou para o PSD-Madeira 46 vitórias eleitorais.
A 10 de Janeiro último entregou a liderança do PSD-Madeira ao ex-autarca do Funchal, Miguel Albuquerque.
Sempre cultivou um relacionamento truncado com a República, marcado por momentos de crispação com diversos governantes e responsáveis nacionais, quer do seu quer de outros partidos.
Em 2007, por causa de uma Lei de Finanças Regionais, apresentou mesmo a demissão, mas voltou a recandidatar-se e a vencer a presidência do Governo com maioria reforçada. Na altura apelidou o então primeiro-ministro, José Sócrates, o “senhor Pinto de Sousa” de “tigre de papel”.
Ao longo da sua longa carreira política, Cavaco Silva foi outro alvo das suas acutilantes críticas. Em 2003, declarou que seria um “descanso” se Cavaco Silva abandonasse o partido. Em 2005, chamou “senhor Silva” a Cavaco Silva preconizando a sua expulsão do partido.
Tem em Sá Carneiro a sua mais importante referência política, fez da festa anual do PSD-M, no Chão da Lagoa, o palco para mandar recados para Lisboa. Numa das últimas festas criticou o actual vice-primeiro ministro, Paulo Portas por se ter comportado como um “autêntico submarino” na crise política do verão de 2013 quando, irrevogavelmente, se demitiu do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros.
Foram ainda polémicas intervenções de Jardim quando se manifestou contra a imigração de chineses e marroquinos; quando defendeu “nem mais um tostão para Timor” ou quando falou da Maçonaria, da Trilateral, do “lobby gay” ou dos “bastardos” na comunicação social.
No último Carnaval disfarçou-se de Syriza mas, noutros carnavais, já encarnou personagens como Vasco da Gama, rei zulu, Romeu e Gonçalves Zarco. Até de cuecas foi fotografado.
Em Janeiro de 2011 o coração deu sinal e Alberto João Jardim, por indicação médica, teve de moderar a sua vida pública. Deixou de fazer viagens de longo curso e limitou-se a deslocar-se periodicamente a Bruxelas.
Sai de cena no decurso de um plano de resgate À Madeira que foi obrigado assinar a 27 de Janeiro de 2012 face a uma dívida pública regional então contabilizada em 6,3 mil milhões de euros, da qual disse repetidamente “não se arrepender” e que resultou num duplo programa de ajustamento aplicado aos madeirenses.
Hoje, no último artigo de opinião que escreve no ‘Jornal da Madeira’ diz que “interrompe” o carácter diário dessa colaboração. Lembra que também o fez em 1978 quando assinava uma coluna denominada ‘Tribuna Livre’ mas, parafraseando Pedro Santana Lopes, vai andar por aí.
“Digo interromper esta secção no ‘Jornal da Madeira’, nesta efeméride e no período político regional em curso [campanha eleitoral para as eleições Regionais antecipadas de 29 de Março], mas sem medo das ameaças revanchistas dos agentes do regime e sem desistir de intervir na vida pública”, escreveu.