Segundo a agência notícias Interfax, Vladimir Putin pediu aos membros do comité que as celebrações de 9 de Maio demonstrem um “grande trabalho de informação e esclarecimento”. O presidente disse ainda que é importante “envolver os jovens na preservação da memória histórica da Grande Guerra Patriótica e sobre o papel da União Soviética na vitória contra o Nazismo”.
Sem acusar pessoas ou países, Putin afirmou que há “tentativas de não representar e distorcer os acontecimentos dessa guerra”, bem como a “difamação de toda uma geração de pessoas que sacrificaram as suas vidas por esta vitória e defenderam a Paz no planeta”. Ainda segundo o presidente russo, “o objectivo é simples: querem reduzir a força da autoridade moral da Rússia moderna e retirar-lhe o estatuto de vencedor, com todas as consequências legais internacionais que resultam disso”.
A Rússia preparam uma grande celebração para assinalar os 70 anos da vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. A 9 de Maio são esperados em Moscovo dezenas de chefes de Estado, mas também há ausências de peso. A chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro britânico David Cameron recusaram participar na cerimónia, ao passo que o Presidente francês François Hollande alegou um conflito de agenda para não estar presente. Também Barack Obama e os países do Báltico estarão ausentes.
Do lado dos países que deverão estar representados em Moscovo ao mais alto nível, destacam-se os presidentes chinês, cubano e norte-coreano, bem como os líderes da Grécia, Chipre, Eslováquia, República Checa, Sérvia, Bósnia, Islândia, Macedónia, Montenegro e Noruega. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, já veio a público dizer que a participação dos líderes europeus nas cerimónias de 9 de Maio em Moscovo está a ser minada pela “influência dos Estados Unidos e de forças agressivas dentro da União Europeia”.