A polícia informou também que deteve 16 pessoas até às 14:30 locais (13:30 TMG e Lisboa) acusadas de perturbação da ordem e fogo posto nos protestos, durante os quais sete carros da polícia foram incendiados.
E confirmou que os 80 agentes que tiveram de receber assistência por inalação de gás irritante já regressaram ao trabalho.
O movimento que organizou os protestos, Blockupy, informou por seu lado que 107 manifestantes tiveram de receber assistência devido ao gás lacrimogéneo utilizado pelas forças de segurança.
Em conferência de imprensa, dirigentes do Blockupy distanciaram-se da violência, sublinhando que a manifestação visava apenas protestar contra a inauguração da nova sede do BCE, que custou mais de mil milhões de euros.
"Gostaria que o protesto da manhã tivesse sido muito diferente. Não era isto que o Blockupy tinha planeado", disse um porta-voz do movimento, Ulrich Wilken.
Wilken admitiu no entanto "compreender" a fúria das pessoas com "as políticas de empobrecimento" impostas pelos governos dos países mais afectados pela crise.
O porta-voz disse ainda esperar que o protesto marcado para hoje à tarde no centro da cidade seja pacífico.
Um outro porta-voz do Blockupy, Christoph Kleine, estimou que estejam em Frankfurt 6.000 manifestantes, 1.000 dos quais activistas internacionais.
O alvo do protesto desta manhã é nova sede do BCE, um edifício espectacular composto por duas torres de 185 metros de altura e que custou 1,3 mil milhões de euros, inaugurada oficialmente pelo presidente da instituição, Mario Draghi, às 11:00 (10:00 TMG e Lisboa).
O movimento Blockupy é integrado por activistas antiausteridade e anticapitalismo de toda a Europa.
O protesto de hoje à tarde conta com a adesão do movimento antiglobalização Attac, sindicatos e representantes de partidos de esquerda de vários países europeus, como o grego Syriza e o espanhol Podemos, entre outros grupos.
Lusa/SOL