A minicimeira, à margem da reunião do Conselho Europeu, partiu de um pedido do próprio primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, ao presidente do Conselho, Donald Tusk e foi confirmada oficialmente na quarta-feira.
O encontro reunirá Tsipras com a chanceler alemã, o Presidente de França, François Hollande, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.
Apesar de a reunião de dois dias do Conselho Europeu ter na agenda oficial a união energética, as perspectivas económicas e as relações externas, sobretudo o conflito no leste da Ucrânia, a situação da Grécia deverá dominar as atenções perante o aumento das dificuldades financeiras de Atenas e mesmo a sombra de uma saída do euro.
Informações indicam que não estão a correr bem as negociações técnicas com os credores, com Atenas a dizer que estão a ser feitas exigências que não respeitam o acordo alcançado no Eurogrupo.
O acordo alcançado no Eurogrupo em 20 de Fevereiro, que permitiu estender o programa de resgate da Grécia por quatro meses, até final de Junho, estipula que Atenas apresente e aplique reformas com vista ao desembolso da última parcela do empréstimo, que ascende a 7.000 milhões de euros.
A Grécia enfrenta também cada vez mais graves problemas de liquidez, tendo de fazer face a vários pagamentos.
Na sexta-feira, a Grécia tem de pagar 350 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros 460 milhões de euros a 13 de Abril. Ainda esta sexta-feira, vencem 1.600 milhões de euros de bilhetes do Tesouro, que serão substituídas por uma nova emissão destes títulos a três meses.
Lusa/SOL