Carlos Tavares está a ser ouvido na comissão parlamentar do BES e indicou que a entidade reguladora fez investigações sobre abuso de informação privilegiada nos últimos meses de negociação – de Maio a Julho. O que mais preocupa é a negociação dos últimos dias, em que há suspeitas de que já haveria investidores que sabiam do desfecho do banco, já que as acções do banco entraram em queda livre, com vários investidores a venderem as acções.
Segundo o presidente da CMVM, já foram identificados a identidade precisa de quem deu as ordens de negociação. “Predominam os investidores institucionais maioritariamente estrangeiros, os particulares nacionais e insiders permanentes – pessoas com ligações ao BES – e sociedades offshores”, explicou Carlos Tavares, acrescentando que há 80 investidores sob averiguações mais pormenorizadas.
Carlos Tavares indicou que já há conclusões preliminares, que podem configurar crimes de mercado. “Não se pode excluir participações ao ministério público. Há conjunto de casos que precisam de diligências adicionais”, referiu.