"Trata-se de uma grande perda para Portugal, de uma figura ímpar da cultura portuguesa e da cultura mundial, com um percurso reconhecido quer no plano nacional quer no plano internacional, que deixa a cultura portuguesa mais pobre", afirmou Montenegro, aos jornalistas, no parlamento.
Para o presidente da bancada social-democrata trata-se também de "uma oportunidade para evocar um percurso muito longo de trabalho, de trabalho em função do sentir e viver português".
"Estamos convencidos que ele hoje partiu, mas a sua obra permanecerá imortalizada para todo o sempre e será eterna no coração e no pulsar da vida dos portugueses", declarou.
Questionado sobre eventuais iniciativas que o PSD venha a tomar, nomeadamente para que o Panteão Nacional possa acolher os restos mortais do cineasta, Montenegro respondeu que "não é o momento" para falar dessa matéria, mas sim para evocar o "grande vulto" que foi Manoel de Oliveira.
O realizador português Manoel de Oliveira morreu hoje aos 106 anos.
Manuel Cândido Pinto de Oliveira, nascido a 11 de Dezembro de 1908, no Porto, era o mais velho realizador do mundo em actividade.
O último filme do cineasta foi a curta-metragem "O velho do Restelo", "uma reflexão sobre a Humanidade", estreada em Dezembro passado, por ocasião do 106º aniversário.
Lusa/SOL