A participação dos revisores à greve de trabalhadores da CP está a ter forte impacto na circulação dos comboios, segundo o presidente do SNTSF, Luís Bravo, que fala numa "adesão entre os 85 a 90%".
Depois de na quinta-feira terem feito greve para exigir o pagamento dos complementos nos subsídios que lhes são devidos desde 1996, os revisores aderiram hoje à greve ao trabalho em dia feriado promovida pela FECTRANS.
Na quinta-feira, a greve dos revisores levou à paralisação da grande maioria dos comboios, tendo circulado 165 das 1.407 circulações previstas (11,7%), disse à Lusa fonte oficial da CP.
Até às 08:00 de hoje, os impactos da greve voltavam a ser notórios: 100 das 126 ligações previstas foram canceladas.
"Os focos de maior paralisação estarão situados nas zonas urbanas e regionais", contou à Lusa Luís Bravo.
Os revisores da CP agendaram dois dias de greve (no dia 02 e 06 de Abril) para reclamarem o cumprimento da decisão dos tribunais relativa ao pagamento dos complementos nos subsídios desde 1996.
Além dos dois dias de greve convocados pelo SFRCI, o sindicato apelou aos seus associados para que se juntassem ao protesto da federação, que tem agendadas paralisações às horas extraordinárias e aos feriados e que decorre há já vários meses.
As perturbações na circulação são agravadas pela recusa de fixação de serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral, nomeado pelo Conselho Económico e Social.
Lusa/SOL