"Hoje está a ser um dia complicado, com a greve a ter um impacto bastante grave ao nível das circulações, sobretudo, dos comboios regionais e urbanos", sublinhou a fonte da CP, acrescentando que a empresa está a fazer "os possíveis" para fazer circular os comboios com o pessoal que tem disponível.
A responsável revelou que para o dia de hoje estava prevista a realização de um total de 828 viagens de comboio, admitindo que a grande maioria não se concretize, tal como aconteceu nas últimas quinta-feira (greve dos revisores) e sexta-feira (greve dos trabalhadores aos dias de feriado e horas extraordinárias).
No sábado, como a greve foi apenas às horas extraordinárias, a grande maioria das viagens realizou-se.
Mas na segunda-feira há nova greve dos revisores e a CP está a contar com um grande número de supressões de viagens.
"Amanhã [segunda-feira] o impacto vai ser semelhante ao de quinta-feira e de sexta-feira. Prevemos um dia com muito poucas circulações", afirmou à Lusa a fonte da CP.
Na quinta-feira e na sexta-feira a percentagem de viagens anuladas ultrapassou os 80% e hoje ronda os 90%.
A paralisação de hoje foi convocada pela Federação do Sindicato dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) e faz parte de uma acção que tem decorrido nos últimos meses de greve aos dias de feriado e horas extraordinárias.
Alguns revisores, que na quinta-feira fizeram um primeiro dia de greve, aderiram à acção de sexta-feira (feriado), de sábado (horas extraordinárias) e de hoje (feriado e horas extraordinárias), seguindo assim o apelo do Sindicato Ferroviário da Revisão e Comercial Itinerante (SNTSF).
Na segunda-feira, dia 06 de Abril, cumpre-se o segundo dia de greve dos revisores da CP, convocada pelo SNTSF, prevendo-se, assim, um forte impacto na circulação dos comboios.
Lusa/SOL