"Temos um dispositivo mais musculado para dar resposta às ocorrências que vamos enfrentar. É um dispositivo que tem ficado cada vez mais forte do ponto de vista dos meios e que tem sido reforçado do ponto de vista operacional", alegou.
Depois de uma visita ao posto de comando montado para um simulacro de incêndio florestal, que decorreu durante a manhã em Viseu, o representante do Governo sublinhou que tanto os meios de combate aéreos como os terrestres foram reforçados.
"Para este ano, mantivemos aquilo que foi o crescimento do dispositivo do ano passado, em termos de meios aéreos: mais quatro, com especial saliência o termos em permanência no dispositivo uma parelha de meios aéreos anfíbios de asa fixa, para além de dois médios, em acréscimo ao que tínhamos em 2013, totalizando 49 meios aéreos", informou.
Do ponto de vista do dispositivo terrestre, João Almeida aludiu a um reforço de 17 equipas e a decisões "focadas no que são os problemas diagnosticados, como, por exemplo, aquilo que é o recrutamento no distrito de Viana do Castelo, com mais três equipas de intervenção permanente".
De acordo com o secretário de Estado da Administração Interna, para além do reforço de meios no terreno, tem havido uma evolução em termos de formação e treino operacional.
"A preparação das forças, o capacitar todos os meios que estão à disposição e a capacidade de decidir de forma certa, de intervir de forma certa, é tão importante como a quantidade de meios que temos disponíveis. Felizmente temos evoluído nos dois pontos", sustentou.
No seu entender, quando se prepara uma nova época, é essencial "pensar para além dos meios e todo o planeamento de meios".
"É fundamental também trabalhar aquilo que é a formação, o treino operacional, a capacidade do saber fazer no terreno. É isso que temos estado a trabalhar, num planeamento que é feito desde o fim de uma época até ao início da seguinte", destacou.
João Almeida sublinhou a importância dos exercícios como o que aconteceu hoje em Viseu e em outros distritos do país, que permitem trabalhar cenários próximos do real para depois haver capacidade de resposta dos meios e de todos os agentes de protecção civil.
Sobre os primeiros incêndios do ano, o representante do Governo admitiu que "o nível de resposta foi muito adequado".
"Nos dias mais difíceis deste ano, faz agora uma semana, a resposta ainda sem estarmos na Fase Bravo [segunda fase mais crítica de combate aos fogos florestais] foi uma resposta muito adequada, com uma capacidade de mobilização muito possante do ponto de vista de todos os meios", concluiu.
Lusa/SOL