Juan Pablo Escobar (n. 1977) teve uma infância privilegiada graças ao negócio do pai, Pablo Escobar, um dos maiores e mais carismáticos narcotraficantes de todos os tempos. Em 1988 sobreviveu a um atentado à bomba – acordou com o corpo pressionado pelo tecto, que lhe havia caído em cima enquanto dormia, só não o esmagando graças a uma escultura de Fernando Botero que tinha na mesa de cabeceira.
Após a morte do pai, em 1993, procurou asilo nos EUA (recusado), fugiu da Colômbia e viveu duas décadas com a mãe no exílio, em Moçambique e Buenos Aires. Hoje chama-se Juan Sebastián Marroquín Santos, é arquitecto e desenhador industrial, e conta toda a sua história em Pablo Escobar – O Meu Pai, editado em Portugal pela Planeta.
O livro revela como Pablo Escobar começou a sua carreira no crime através de pequenos delitos, mas também pormenores mais pessoais, como que o traficante cortava o cabelo a si próprio, tomava duches de três horas e nunca deixava que o vissem fora de si.
Algumas páginas são dedicadas ao rancho Nápoles, que o autor compara à Neverland de Michael Jackson. Tinha um jardim zoológico que custou 2 milhões de dólares e dinossauros de cimento em tamanho real. Quando a família se encontrava ali reunida, chegavam a mandar um helicóptero a Medellín para ir buscar fast food.
Juan Sebastián Marroquín Santos encontra-se hoje e amanhã em Lisboa para promover o seu livro. Depois segue para Madrid.