"Confirmo que serei candidato à presidência da República e, tal como tinha dito há cerca de um mês, anunciarei isso até ao final de Abril", declarou o antigo reitor da Universidade de Lisboa.
A apresentação oficial da candidatura de António Sampaio da Nóvoa às eleições presidenciais de 2016 irá realizar-se às 19:30 de 29 de Abril, no Teatro Trindade, em Lisboa.
A existência de sondagens que lhe atribuem poucas probabilidades de vencer a corrida não o preocupa. "Na Universidade nunca tive caminhos fáceis, costumava dizer que o que me dava mais prazer era fazer o impossível e fiz vários impossíveis", realçou.
"Fiz o impossível de juntar as duas grandes universidades de Lisboa, fiz muita coisa que me disseram no primeiro dia que era impossível fazer", continuou Sampaio da Nóvoa. "Preocupa-me se é necessário fazer ou não. Se é preciso fazer e tem um sentido para Portugal e para os portugueses, será feito", rematou.
Quanto a eventuais apoios por parte dos ex-presidentes da República Ramalho Eanes e Jorge Sampaio, o actual professor catedrático da Faculdade de Psicologia e Ciências de Lisboa afirmou: "Antes de se ser candidato não se pedem apoios a ninguém".
Sampaio da Nóvoa assumiu ter "conversado" com diversas personalidades "dentro e fora dos partidos".
"Não tenho o apoio de ninguém porque não o pedi – antes de haver uma carta de princípios e um programa de candidatura, não seria legítimo estar a colocar esse tipo de questões", adiantou.
Já no que se refere ao apoio por parte de um partido, o reitor honorário está disponível para avançar sem uma estrutura partidária, mas admitiu que, mesmo em contexto autónomo, não apreciará ser referido como candidato "independente".
"Não gosto da palavra porque poderia querer dizer que somos 'independentes' de causas ou pessoas e eu estou comprometido com causas, estou ao serviço de determinados projectos e ideias", explicou.
"Mas quererei fazer uma candidatura com independência, marcar as minhas ideias, apresentá-las na altura própria e, obviamente, ficarei muito contente com todos os apoios que possam decorrer a partir daí – mas nunca antes disso", concluiu.
Lusa/SOL