Porcos continuam a morrer na ilha cabo-verdiana da Boavista

Porcos continuam a morrer na ilha cabo-verdiana da Boavista, estando uma equipa técnica portuguesa a ajudar as autoridades locais a investigar as causas da morte dos suínos que foi descoberto em marco último, informou fonte oficial. 

Em declarações à agência Lusa, o delegado do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) na ilha da Boavista, João Lopes da Silva, indicou que desde finais do mês de marco já morreram "muito mais" de uma centena de porcos ainda de causas desconhecidas. 

João Lopes da Silva recordou que o primeiro foco apareceu numa lixeira municipal, que neste momento já não se sente muito porque praticamente todos os suínos morreram, tendo entretanto aparecido mais dois focos em Sal Rei, principal centro da ilha, e em Rabil. 

Desde o dia 18 deste mês que uma equipa técnica da Secretaria de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar de Portugal se encontra na ilha para ajudar as autoridades locais a investigar as causas da morte dos porcos.

O delegado do MDR informou que os técnicos portugueses, que deverão ficar na ilha até sábado, têm-se deslocado ao terreno para recolha de amostras para efectuar análises laboratoriais e só depois disso se poderá saber as causas das mortes. 

No passado mês de marco, em apenas três dias mais de 70 porcos foram encontrados mortos e esventrados numa lixeira na ilha turística da Boavista. 

O Governo cabo-verdiano colocou a ilha de quarentena, como medida de precaução para evitar que a doença se alastrasse a toda a ilha e para recolha de amostras de sangue para análises.

Na altura, havia suspeitas de que a carne estaria a ser vendida no bairro da Boa Esperança (Barraca), mas o delegado do MDR, embora não confirmando se continua a ser vendida, afirmou que as pessoas estão mais conscientes e solicitam inspecção de qualquer tipo de carne.

João Lopes da Silva indicou que até ao momento só morreram porcos e que a doença é contagiosa apenas para animais da mesma espécie, mas os humanos devem estar sempre prevenidos e informados sobre esta questão de saúde pública. 

Lusa/SOL