“Como vê, estou pelo Portugal profundo”, nota ao SOL Carvalho da Silva, que no ano passado celebrou a revolução em Arruda dos Vinhos. A ressonância de presidência aberta do “Portugal Profundo” e o facto de o ex-líder da CGTP até ter agendada para a noite de 25 de Abril uma entrevista ao Porto Canal lança alguma expectativa. Irá aproveitar a TV para fazer algum anúncio? “Vai depender das perguntas que me fizerem”, responde.
Esta dúvida na resposta alimenta a expectativa de alguns sectores da esquerda de ver inscrito o nome do ex-líder sindical na lista de candidatos às presidenciais do próximo ano. Mas Carvalho da Silva, que já viu o PCP negar-lhe apoio – uma vez que vai apresentar uma candidatura própria e o ex-líder entregou o cartão de militância comunista assim que foi substituído à frente da CGTP – não terá desistido de avaliar sensibilidades e de pesar apoios no terreno. Até à decisão, vai dando conta da sua disponibilidade.
Neto e Morais ausentes da celebração popular
Além de Carvalho da Silva, há outros presidenciáveis que não vão partilhar a Avenida com Sampaio da Nóvoa. É o caso de Henrique Neto, um candidato já assumido. O socialista que corre sem o apoio do PS vai assinalar os 41 anos da Revolução dos Cravos no Largo do Carmo, em Lisboa, onde todos os anos reúne um grupo de amigos de longa data para um almoço de tertúlia de convívio. Aproveitará este ano para fazer declarações à imprensa, no local.
Também Paulo Morais, ex-número dois de Rui Rio no Porto, vai deixar a maior avenida do país para Nóvoa. O candidato a Belém ainda não fechou a sua agenda para amanhã (até ao fecho desta edição) mas já sabe que não se irá juntar às celebrações populares.
Paulo Freitas do Amaral, outro pré-candidato, vai aproveitar a sua deslocação a Angola para celebrar o 25 de Abril junto dos jovens emigrantes portugueses na capital Luanda.