Num comunicado, a ILS diz ter sido alvo de uma investigação do Fisco em Março de 2014, na sequência de um pedido de reembolso do IVA. Segundo a empresa, essa acção inspectiva “concluiu pela total correcção dos procedimentos instituídos”.
Ora foi prescisamente devido ao processo de relativo ao pagamento de IVA de uma empresa portuguesa e o Ministério da Saúde líbio que, na quarta-feira, a Polícia Judiciária fez buscas no gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, confirmou em comunicado o Ministério das Finanças. Foi também para averiguar os vistos concedidos a cidadãos líbios que, no mesmo dia, foram feitas buscas ao edificio do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no Porto.
A ILS – da qual é sócio Paulo Lallanda de Castro, que é arguido na operação Marquês – estabeleceu um contrato com o Estado Líbio para o tratamento em Portugal de doentes vindos daquele país, que estão a receber cuidados em hospitais privados.
Segundo a empresa, já foram tratados no país 163 doentes líbios, dos 342 previstos, que chegaram com vistos nacionais temporários ou de vistos nacionais temporários e familiares, para aqueles que entram no país acompanhando um doente. Os restantes estão a “aguardar autorização para viajar para Portugal”.