Em conversa informal com os jornalistas durante uma viagem de avião para a Noruega, onde aterrou hoje à noite, o chefe de Estado voltou a ser questionado sobre a data das eleições legislativas, que terão de ocorrer entre 14 de Setembro e 14 de Outubro, conforme estabelece a Constituição.
Sem revelar a data para que se 'inclina', o chefe de Estado adiantou que em Belém já foram "estudadas todas as datas possíveis" e "como foi feito no passado", nomeadamente em 2009.
"Tive de marcar para 28 de Setembro, foi a única vez que as eleições foram em Setembro, porque havia uma coincidência [com as autárquicas], de tal forma que houve um grande debate se não deviam ocorrer no mesmo dia. Foi em 2009", referiu, lembrando que a maioria dos partidos se opôs à simultaneidade das eleições legislativas e autárquicas.
Por outro lado, continuou, há que pensar em que data é que os partidos terão de entregar as listas de candidatos consoante o fim de semana escolhido para as eleições, pois "a certo momento" o prazo limite "fica nas férias".
"E há ainda a campanha eleitoral, pois se não têm cuidado ocorre nas praias", gracejou.
Interrogado se não poderá ser prejudicial escolher o dia 4 de Outubro, já que é a véspera do dia da Implantação da República, o Presidente da República encolheu os ombros, declarando apenas: "já não é feriado".
Na quinta-feira, Cavaco Silva já tinha revelado que iria anunciar a data das eleições legislativas em Julho, depois de ouvir os partidos.
Lusa / SOL