Foi uma “forma de expressar maior solidariedade para com os refugiados, para com os países terceiros de acolhimento onde estes se encontram temporariamente e para com o ACNUR” (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), disse ao SOL fonte oficial do Ministério da Administração Interna.
‘Portugal pode fazer mais’
A partir de Junho deste ano, está prevista a chegada de 44 refugiados – de nacionalidades síria, eritreia e sudanesa – que estão neste momento no Egipto. Dez serão apoiados à chegada pelo Centro Português de Refugiados (CPR) e os restantes por organizações não-governamentais (ONG), como o Serviço Jesuíta aos Refugiados.
Esta quota tem vindo a aumentar (em 2013 era de 30), mas a verdade é que quase nunca é preenchida. “Portugal não tem investido muito nos refugiados e continua a poder fazer mais, apesar da austeridade que o país atravessa”, defende a presidente do CPR, Teresa Tito de Morais, lembrando que muitas famílias reinstaladas em Portugal viram, a partir de 2013, os apoios atribuídos pela Segurança Social serem “drasticamente reduzidos”. Algumas, frisa, “tinham filhos pequenos e estavam muito fragilizadas, sem poderem trabalhar”.
A dirigente lembra que os países europeus são apoiados através de fundos específicos da União Europeia para cumprirem as suas obrigações em matéria de asilo. Para o período entre 2014 a 2012, Portugal vai receber 33 milhões de euros do Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração, integrado no Quadro Financeiro Plurianual – que inclui um montante-base de cerca de 32 milhões.