A anexação da Crimeia foi a "maior violação do direito internacional da Europa desde a II Guerra Mundial", afirmou o ministro português, numa palestra na Universidade Fundação Armando Álvares Penteado, perante alunos de economia e relações internacionais, que assinalou o fim da sua visita de quatro dias ao Brasil.
"Estou mais optimista em relação à [recuperação económica] Europa" do que em relação ao "conflito congelado" que existe na Ucrânia, que "limita muito a acção da União Europeia fazer ao resto do mundo", afirmou Machete.
No seu entender, a leste, não há um risco de uma nova Guerra Fria porque "não há uma questão ideológica" mas sim "questões nacionais", que são "mais difíceis de resolver".
Já a sul, a Europa apresenta vários problemas relacionados com o "terrorismo 'jihadista'". No caso da Líbia "não há um Estado falhado, não há é simplesmente Estado", exemplificou Rui Machete que, sobre Portugal, insistiu que o país está num processo de recuperação, semelhante à Irlanda, Espanha ou Itália.
Num discurso informal perante os alunos, Machete também se mostrou confiante na superação das dificuldades na Grécia, agora que "parece que [os governantes gregos] ganharam juízo" nas negociações com a União Europeia.
Lusa/SOL