William Soteroff, vice-presidente da Keller Williams Worldwide, explicou ao SOL a razão do sucesso: “A KW tem uma cultura única de apoio e motivação, bem como de formação, disponibilizando técnicas que têm sido aperfeiçoadas ao longo de 32 anos e que levaram a operadora a ser considerada como n.º 1 nos EUA. Estas técnicas de liderança e de gestão dos market centers, aliadas à formação, permitem que a KW tenha um lugar de primazia no imobiliário em todo o mundo”. Na verdade a KW é considerada a empresa n.º 1 em termos formação a nível mundial, um reconhecimento atribuído pela Training Magazine.
O vice-presidente salienta que Portugal é um mercado importante na Europa, com vendedores e compradores a esperarem um elevado nível de serviço. “Para assegurar isso, a KW está a implementar market centers por todo o país, um processo ligado à nossa política diferenciadora, que pretende assegurar que os talentos certos do imobiliário português vão liderar os market centers KW”, revela.
William Soteroff adiantou ainda que a KW decidiu investir em dois parceiros em Portugal – Nuno Ascensão e Eduardo Garcia e Costa -, que partilham a cultura da empresa e têm uma capacidade de liderança inovadora, aspectos fundamentais para assegurar o sucesso da KW em Portugal, “o que é extremamente importante, porque Portugal é um mercado estratégico para o mercado imobiliário”.
Eduardo Garcia e Costa e Nuno Ascensão explicam, por seu lado, que existem duas razões para o sucesso da KW. A primeira está ligada à qualidade das empresas de mediação imobiliária que se juntaram ao projecto da KW em Portugal, líderes nos respectivos mercados locais (Norte, Lisboa Cascais e Algarve). A segunda tem a ver com a atractividade do modelo de negócio da empresa. Os responsáveis admitem também que a KW, fundada no Texas em 1983, tem uma filosofia de motivação e aposta muito na formação.
A Keller Williams diferencia-se ainda pelos market centers, com uma dimensão acima da média das outras agências – não só em número de agentes mas também na produtividade. “Isto permite a melhor formação e apoio aos consultores, o que resulta na qualidade do serviço”, salientam os responsáveis portugueses.
Na verdade, o mercado imobiliário em Portugal está a recuperar e o número de transacções tem crescido durante 2013, 2014 e agora em 2015. Esta recuperação deve-se sobretudo a uma maior estabilidade económica. “Presumindo que existirá uma estabilização da economia por toda a Europa e que Portugal manterá essa tendência, mesmo com crescimento do PIB moderado, o mercado imobiliário vai sentir uma recuperação, que já é uma realidade desde o último ano”, avançam Eduardo Garcia e Costa e Nuno Ascensão.
Mercado luso mais estável do que o norte-americano
O que distingue o mercado português do norte-americano? William Soteroff revela que o imobiliário luso tem-se revelado mais estável nos últimos oito anos. “O mercado norte-americano ainda procura recuperar de uma década de recessão e essa recuperação prevê-se lenta. Tradicionalmente, o imobiliário tem expandido e contraído. Espera-se por isso que a sua expansão se mantenha acompanhada de um lento crescimento, para assegurar a estabilidade económica para compradores e para vendedores”, conclui o vice-presidente da Keller Williams Worldwide.