Qual o carácter diferenciador da vossa oferta formativa?
No dia 18 do corrente foram publicados pelo Financial Times os 'rankings' das melhores escolas de negócios na Formação de Executivos.
A Católica Lisbon School of Business & Economics viu o seu trabalho ser reconhecido. Somos a escola portuguesa mais destacada e, com uma subida de várias posições, colocámo-nos entre as 40 melhores do mundo.
É o reconhecimento internacional daquilo que nos diferencia: uma preocupação com a qualidade, em todas as suas dimensões, que se traduz em programas de grande impacto em termos individuais e organizacionais. Porque, para nós, o conhecimento adquirido tem de ser implementável com ferramentas de utilidade imediata e com impacto nos problemas que as empresas enfrentam.
O 'ranking' do Financial Times, compilando as avaliações de quem beneficiou da formação, afere de que modo os programas estavam ajustados às necessidades ou em que medida foram úteis. E os programas de executivos que a Católica Lisbon vem realizando, desde 1994 a um ritmo de cerca de 120 cursos por ano, beneficiaram já mais de vinte mil quadros superiores.
Por outro lado, se olharmos para as listas das Comissões Executivas das grandes empresas, tanto em Portugal como em Angola, o número dos que já fizeram formação connosco dá-nos uma outra medida do impacto que, seguramente, a nossa Escola teve no rumo ascensional das suas carreiras.
Falando de Angola, quais os resultados da vossa presença no País?
A nossa Universidade está presente em Angola desde 1997, onde tem também contribuído para o reforço de competências de centenas de quadros angolanos e residentes estrangeiros.
Temos testemunhado aí uma grande mudança nas necessidades de formação, por um lado, e, por outro, uma mudança no perfil dos quadros inscritos nos nossos cursos, o que em parte coincide com a mudança de gerações.
Continua, contudo, a haver um défice considerável na formação de base dos quadros superiores. Mas essa realidade terá solução a longo prazo, num processo de modernização que exige mais treino de comunicação, mais raciocínio quantitativo e maior capacidade de resolução de problemas.
Ainda assim, estas competências têm sido muito melhoradas e os executivos que recebemos nas nossas formações revelam um cada vez maior domínio de competências de comunicação, mesmo em inglês, boa capacidade de trabalho com ferramentas informáticas e, sobretudo, uma grande apetência para o conhecimento, suprindo lacunas que persistem no sistema de ensino superior.
Como encaram o vosso futuro em Angola?
Neste momento as empresas angolanas têm duas preocupações importantes que estamos a trabalhar em conjunto: por um lado a promoção de eficiência de processos e a racionalização na utilização de recursos; por outro lado a diversificação da economia e a promoção das exportações. Está a ser feito um trabalho notável nestas duas direcções e a formação que realizamos está completamente alinhada com estas duas preocupações.
O estabelecimento de parcerias é imprescindível quando se trata de programas internacionais e a Católica Lisbon é reconhecida pelo Financial Times como a escola portuguesa líder no estabelecimento de parcerias.
Tais parcerias são, por maioria de razão, fundamentais para os países africanos de expressão portuguesa, nomeadamente Angola e Moçambique.
Sendo países até há pouco tempo em grande instabilidade e que só recentemente se assumiram como economias de mercado, com um tecido empresarial frágil, é natural que as suas universidades ainda não estejam preparadas para formar gestores modernos, capazes de lidar com os desafios que se perspectivam.
Por outro lado, sendo países com um crescimento acelerado e uma procura avassaladora de quadros, multiplica-se a oferta de instituições nacionais e internacionais, tantas vezes sem uma preocupação de qualidade.
Mas o mesmo critério de excelência que orienta a Católica Lisbon em Portugal é seguido nos seus programas pan-europeus e transatlânticos. Daí que os nossos programas sejam desenvolvidos em parceria com as mais prestigiadas escolas locais. Em Angola, concretamente, desde há muitos anos que temos uma oferta conjunta com a Universidade Católica de Angola (UCAN), que contribui com o conhecimento da realidade local.
Sem um conhecimento profundo dos problemas enfrentados, e sem o domínio do enquadramento legal, social e cultural não conseguimos desenhar soluções capazes de preparar os gestores angolanos.
E porque os cursos não são imediatamente transportáveis do contexto português para outros países, os professores que os preparam e leccionam têm ser possuidores grande flexibilidade e experiência.
Por isso, todos os professores da Católica Lisbon envolvidos na formação em Angola são dos melhores. Em conjunto com os melhores professores da UCAN, têm sido capazes de realizar cursos, diferentes dos que se realizam em Lisboa, porque adaptados a realidades diferentes, mas igualmente de grande qualidade e utilidade.
Referiu-se aos quadros e profissionais que foram formados nos bancos da vossa Escola. E no que toca às empresas e organizações?
Praticamente todas as grandes empresas ou multinacionais a trabalhar em Portugal são nossas clientes, da mesma maneira que trabalhamos com praticamente todas as empresas de referência em Angola.
Tanto num país como no outro há empresas que pela sua dimensão e maturidade, em termos de preocupação com o desenvolvimento dos seus quadros, já estruturaram Academias ou Universidades Corporativas que estabelecem parcerias com as grandes escolas para que estas desenvolvam programas conjuntos no contexto dessa sua oferta interna.
E nós temos sido chamados a fazê-lo. Posso-lhe citar, deixando de lado muitas outras e referindo-me a ambos os países, os casos da Galp e Sonangol, da Sonae e do Grupo Jerónimo Martins, Mota-Engil, Sociedade Mineira da Catoca, BAI e Unitel.