A decisão do juiz Fernando Andreu foi tomada em nome do princípio da justiça universal que lhe permite investigar casos de terrorismo desde que exista uma vítima espanhola, segundo a procuradoria.
O Ministério Público espanhol acusa o Boko Haram de assédio e coacção à freira em marco de 2013 num "contexto generalizado de acções de natureza terrorista pela organização 'jihadista'".
No auto de admissão do processo, o juiz prevê a audição da freira Maria Jesus Mayor Garcia, da Ordem do Menino Jesus de Madrid, vítima de um ataque do Boko Haram, e solicita à Interpol relatórios sobre o movimento fundamentalista, pedindo ainda que sejam incluídos no processo os relatórios sobre o Boko Haram realizados pela ONU e pela organização de defesa de direitos humanos Human Rights Watch.
A revolta islamita do Boko Haram, desde 2009, causou cerca de 15.000 mortos, sobretudo no norte da Nigéria, e forçou 1,5 milhões a abandonarem as suas casas.
Lusa/SOL