"Temos visto enormes perdas para o Daesh (acrónimo árabe do grupo), mais de 10.000 desde o início da campanha, e isto vai acabar por ter um impacto", disse o subsecretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, numa entrevista à rádio France Inter.
A estratégia da coligação internacional tem sido criticada por se limitar a ataques aéreos e recusar destacar tropas para o terreno, apesar do avanço do Estado Islâmico, mas Blinken assegurou que tem havido "progressos significativos".
Ao fim de nove meses de ataques e cerca de 4.000 ataques aéreos, o Estado Islâmico controla atualmente "menos 25% do Iraque, muito do seu equipamento foi destruído e muitos membros foram eliminados", disse, admitindo no entanto "a resistência e capacidade de iniciativa" do grupo.
Blinken esteve em Paris para participar na reunião da coligação internacional contra o Estado Islâmico que se realizou na terça-feira. As duas dezenas de países e organizações participantes deram o seu apoio ao plano militar do governo iraquiano para reconquistar a província de Al-Anbar (oeste), a maior do país, controlada pelos 'jihadistas'.
O embaixador do Iraque em Paris, Fareed Yasseen, congratulou-se por seu lado, numa entrevista à rádio Europe 1, com a entrega em breve de armas pela coligação.
"Os Estados Unidos prometeram entregar-nos incessantemente mísseis que vão fazer a diferença contra os camiões-bomba (…) que nos fizeram perder Ramadi", capital de Al-Anbar, tomada pelo Estado Islâmico em maio.
"França faz-nos chegar armas comparáveis e munições e estamos a discutir projetos de cooperação", acrescentou.
Lusa/SOL