A cerimónia começou às 10:00 no Largo da Feira e, pouco depois, os manifestantes chegavam junto à estátua do soldado desconhecido, a cerca de 300 metros, na presença de um forte dispositivo policial.
Com buzinas, sirenes e bombos, os manifestantes gritavam "Justiça" e "Queremos o nosso dinheiro", tendo ficado dentro de uma cerca previamente colocada junto à estátua, a meio da Avenida Dr. Alfredo de Sousa.
"Nós estamos enjaulados. Em vez de enjaularem as pessoas certas enjaulam as erradas. A nós, que somos pessoas honestas e que fomos roubados, é que metem dentro das grades", criticou Ricardo Ângelo, da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial do BES.
Segundo Ricardo Ângelo, os manifestantes foram escoltados desde a autoestrada A24 até à avenida, sendo impossibilitados de assistirem à cerimónia.
"Estamos aqui enjaulados e não podemos demonstrar a nossa indignação a quem de direito", lamentou.
Ricardo Ângelo garantiu que os manifestantes só querem entregar uma carta ao Presidente da República, pedindo-lhe que interceda por eles.
"Esperamos da parte dele atos reais, não fictícios, porque fictícios estamos nós fartos de ver. É fundamental que haja atitudes de forma a que isto se resolva, porque estas pessoas não têm culpa da falta de honestidade dos nossos governos", afirmou.
Na sua opinião, "é fundamental que isto se resolva o mais rapidamente possível, porque as pessoas estão a perder a cabeça".
"Não queremos ser violentos, a questão aqui é só de controlar as pessoas", acrescentou.
Lusa / SOL