O casamento ainda não é certo mas o processo já passou da fase de namoro para noivado.
A recente visita à Madeira de Pedro Passos Coelho, embora tenha sido na qualidade de Primeiro-Ministro e não de líder do PSD, terá servido para concertar com Miguel Albuquerque, líder regional do PSD, uma aproximação ao CDS.
Oficialmente, quer o PSD quer o CDS regionais remetem para o final de Junho, princípios de Julho uma posição definitiva sobre a possível coligação.
Contudo, o SOL sabe que o assunto tem sido abordado entre os líderes regionais e nacionais.
Na Madeira, oficialmente, nega-se que haja “pressão” dos directórios partidários de Lisboa para que haja entendimento a bem do interesse nacional de ambos os partidos.
Se, conforme indicam as sondagens, as Legislativas nacionais foram disputadas taco-a-taco entre o PS e a coligação, fontes contactadas pelo SOL dizem que faz todo o sentido PSD e CDS irem coligados na Madeira.
Por outro lado, há arestas a limar como a incómoda questão do CDS ser, na Madeira, o maior partido da oposição ao PSD e, por outro, o que acontecerá à coligação na Madeira se o PS ganhar as próximas eleições.
O Círculo Eleitoral da Madeira elege 6 deputados. Na actual Legislatura, 4 são do PSD (Guilherme Silva, Hugo Velosa, Correia de Jesus e Francisco Gomes); um do CDS (Rui Barreto) e um do PS (Jacinto Serrão).
O PS acalenta a esperança de eleger o segundo deputado pela Madeira, aproveitando a ‘onda’ do novo PS de António Costa.
A dúvida na eventual coligação pela Madeira é se o CDS ocupará, na lista conjunta de candidatos, o terceiro ou o 4.º lugar.
Por parte do PSD-M, em linha com o slogan ‘renovação’ que ganhou as eleições regionais de 29 de Março, quer coligado quer sozinho, Miguel Albuquerque não deverá escolher como candidatos nenhum dos actuais deputados pela Madeira em São Bento.
Nas últimas Legislativas nacionais de 5 de Junho de 2011, para eleger 4 deputados, o PSD-Madeira conseguiu 68.620 votos e, para eleger um mandato cada um, o CDS conseguiu 18.977 votos e o PS 20.360.
A confirmar-se a coligação pré-eleitoral do PSD e do CDS na Madeira ficam apenas de fora os Açores cujos partidos concorrem em separado.
