"Segundo a tradição ninguém é executado durante o mês do jejum (muçulmano) do Ramadão, e as autoridades decidiram que essa tradição será respeitada este ano", afirmou Nusrat Mangan, inspector-geral das prisões da província de Sindh (sul).
Um responsável do ministério do Interior confirmou ter sido notificado para parar as execuções durante o mês do Ramadão, que começa esta semana.
No entanto o inspector-geral das prisões do Punjab, província mais populosa do Paquistão, disse que não recebeu qualquer notificação nesse sentido.
"De todas as maneiras temos de executar cerca de duas dezenas de condenados antes do mês do Ramadão", disse Nazeer Farooq à AFP.
A Comissão dos Direitos Humanos do Paquistão, um organismo independente, disse que o Paquistão enforcou mais de 150 condenados desde o início das execuções, em Dezembro, depois de um massacre numa escola da autoria de talibans.
Uma moratória sobre a pena de morte estava em vigor no país desde 2008.
A Amnistia Internacional estima que há no Paquistão mais de 8.000 condenados à morte e à espera de serem executados, com a maior parte a já ter esgotado todos os recursos legais.
Lusa/SOL