Maioria e PS estavam quase a chegar a um acordo – o deputado socialista Jorge Lacão elogiou mesmo o esforço “louvável” do deputado do PSD Carlos Abreu Amorim – mas para o CDS a lei tinha que explicitar que todos os partidos com representação no órgão para o qual concorrem tinham o direito de participar nos debates televisivos. Um princípio com o qual o PS sempre discordou por considerar tratar-se de uma “discriminação”.
O CDS acabou por levar a sua avante e a maioria apresentou esta tarde um novo projecto de substituição do que já estava em cima da mesa, inscrevendo na lei que os partidos com assento parlamentar têm direito de participar nos frente-a-frente televisivos em período eleitoral. A maioria também abre espaço à liberdade editorial dos média, dizendo que esta obrigação “não prejudica a possibilidade de os órgãos de comunicação social incluírem outras candidaturas nos debates que venham a promover”.
Abreu Amorim lamentou que não se tivesse chegado a um consenso alargado, enquanto o deputado do CDS Telmo Correia desvalorizou a questão. “É verdade que não há consenso pleno mas em 90 e muitos por cento do que está em cima da mesa houve consenso. O que não há consenso é numa pequeníssima parte do que está em discussão”, sublinhou o centrista.
PCP e BE também não vão apoiar a proposta da maioria que será votada amanhã, depois do plenário. A proposta será então aprovada apenas com os votos favoráveis do PSD e CDS.