O CDS insistiu para que ficasse na lei que os partidos com assento parlamentar tenham direito a participar nos frente-a-frente televisivos em período eleitoral. Um princípio com o qual o PS sempre discordou por considerar tratar-se de uma “discriminação” e por isso votará hoje contra a proposta – que só será aprovada com os votos favoráveis dos partidos da maioria.
“Foi pior a emenda que o soneto”, critica Jorge Lacão, o autor do projecto do PS, que não impunha condições para a realização de debates. “Os artigos sobre os debates abrangem o período pré-eleitoral, vêm criar discriminações e envenenam todo o diploma”, considera o deputado.
Os representantes dos órgãos de comunicação social manifestaram durante as negociações uma maior adesão ao projecto do PS, que dava uma liberdade total aos media para fazerem a cobertura jornalística, enquanto que agora com o projecto da maioria há uma “compressão da liberdade editorial”.