Sócrates e Santos Silva eram ‘accionistas ocultos’ de direitos televisivos de futebol

Segundo o acórdão da Relação que na quarta-feira rejeitou – por maioria – o recurso da defesa sobre a especial complexidade do processo, o MP considera que Sócrates e Santos Silva são “accionistas ocultos” de um negócio de direitos televisivos de futebol.

De acordo com o documento, a que o SOL teve acesso, uma das pistas que alertou os investigadores foi um cheque de 2,7 milhões de euros emitidos pela sociedade Partrouge Media SGPS – de Miguel Pais do Amaral – que acabou nas contas de Santos Silva.

O cheque foi passado à Walton Grupo Inversor, sociedade espanhola ligada a Rui Pedro Soares (ex-administrador da PT e presidente da SAD do Belenenses), tendo sido endossado a favor de Carlos Santos Silva.

O dinheiro seria uma parte dos 6 milhões de euros pagos pela Partouge pela compra da Worldcom, detentora dos direitos de transmissão televisiva para Portugal dos jogos da liga espanhola.

O facto de parte do dinheiro da compra ter ido parar às contas de Santos Silva, bem como as movimentações financeiras do negócio, levou os investigadores a concluírem: “Carlos Santos Silva e José Sócrates eram accionistas ocultos da Worldcom”. 

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