No acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa – que nesta quarta-feira rejeitou, por maioria, o recurso da defesa que contestava a especial complexidade do processo fixada pelo juiz Carlos Alexandre – fica claro que esse é mais um dos indícios que leva o procurador Rosário Teixeira a acreditar que parte do dinheiro que está nas contas de Santos Silva é na verdade de José Sócrates. Nos interrogatórios, o ex-líder do PS foi também confrontado com as suspeitas de “pagamentos de obras de arte para a sua casa” feitos pelo amigo: quadros de Júlio Pomar, Uber Lindau, Eduardo Batarda, Almada Negreiros, Jorge Martins e Silva Porto.
Apesar da complexidade dos circuitos financeiros, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) suspeita que, das contas da Suíça, além dos 2,8 milhões de euros para comprar o apartamento de luxo em Paris, saiu ainda dinheiro para sustentar Sócrates e os que o rodeavam.
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