“É urgente substituir o confronto entre posições radicais por uma negociação construtiva”, afirmou Costa, num artigo publicado esta tarde na edição digital do jornal do partido, Acção Socialista.
Costa pediu também respeito pelo referendo de domingo: “Não é a primeira vez que um Estado-membro recorre ao referendo para decidir questões com a União Europeia (UE) e devemos respeitar essa decisão, como sempre respeitámos nos outros Estados-membros. É o povo grego que deve decidir e compete-nos a nós respeitar esse debate que nesta fase lhe pertence.”
A falta de acordo para a Grécia preocupa o líder do PS. O “insucesso” das negociações entre gregos e instituições europeias “não é uma boa notícia para a União Europeia”, aponta. “E suscita legítima preocupação a quem tem uma postura responsável perante os riscos que comporta para a confiança no euro”, conclui.
Mas seja qual for o resultado do referendo grego, para Costa “não há divergências políticas que possam ignorar a solidariedade devida ao povo grego”. No entanto, o secretário-geral do PS ressalva que deverá ser garantida a “integridade da zona euro” e também “o financiamento das economias e uma política económica que permita o crescimento, a convergência e a criação de emprego”.
O líder dos socialistas aproveitou, ainda, para atribuir culpas ao Governo de Passos Coelho: “A intranquilidade que estamos a viver demonstra a imprudência de quem, como o governo português, não se empenhou num acordo e o erro estratégico de quem pensa ser possível virar a página da austeridade numa posição unilateral de confronto”. Para Costa, “a Grécia é o trágico exemplo do insucesso da austeridade”.