"Estamos de consciência tranquila com o processo que decorreu quer na venda da REN, quer na venda da EDP", referiu.
No relatório de auditoria dos processos de (re)privatização do setor elétrico, hoje revelado, o Tribunal de Contas (TdC) diz que o Governo não tomou medidas legislativas "que acautelassem os interesses estratégicos do Estado Português após a conclusão do processo de privatização".
Para o primeiro-ministro, algumas das contas do TdC são feitas "de uma forma muito parcial".
Coelho aludiu, nomeadamente, ao facto de o TdC ter chamado a atenção para o facto de o Estado, ao ter vendido aquelas empresas, "ter deixado de receber" os lucros que as mesmas distribuiriam nos próximos anos.
Para o primeiro-ministro, as contas não podem ser feitas dessa forma, já que aos valores que o Estado vai deixar de receber há que contrapor o que o mesmo Estado pagaria se tivesse de recorrer aos mercados para conseguir o encaixe financeiro resultante das privatizações.
"E nós precisávamos de obter esse encaixe financeiro para abater à dívida pública. Se tivéssemos de recorrer a mercado, que na altura estava bastante fechado para Portugal, para obter esse financiamento, teríamos pago juros muito elevados. E isso o TdC não teve em linha de conta quando fez essas contas", rematou.
Lusa / SOL