Subconcessão do Metro de Lisboa e da Carris aguarda parecer da Autoridade da Concorrência

O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, disse hoje à Lusa que a marcação da data de assinatura da subconcessão do Metro de Lisboa e da Carris depende da pronúncia da Autoridade da Concorrência.

"Esperamos ainda ser possível este mês, mas o consórcio [Avanza] entendeu notificar a Autoridade da Concorrência, porque já tem operação em Portugal. Está à espera dessa pronúncia para assinar o contrato e estamos a aguardar com serenidade", declarou o governante.

O Governo atribuiu a subconcessão do Metropolitano de Lisboa e da rodoviária Carris ao grupo espanhol de transportes urbanos Avanza.

Falando em Penafiel, à margem de uma cerimónia de anúncio do primeiro troço do IC35, Sérgio Monteiro sublinhou que o contrato da subconcessão ficará "assinado na vigência deste Governo".

"É mais uma reforma que fica feita em nome da poupança para os contribuintes", disse.

O secretário de Estado defendeu ainda que aquela subconcessão em Lisboa vai permitir acabar com as sucessivas greves nas duas empresas (Carris e Metropolitano de Lisboa), que considerou terem motivação política.

"Sempre que há operação privada, as greves que têm normalmente motivos laborais, mas que nestes quatro anos tiveram sobretudo motivos políticos, deixam de existir", afirmou, acrescentando que as greves políticas "são inaceitáveis" e que o Governo está determinado a levar a reforma do setor "até ao fim" para que "os utentes possam contar todos os dias com o transporte".

O Governo anunciou em junho que o grupo espanhol Avanza venceu o concurso para subconcessão da Carris e do Metro de Lisboa, garantindo que isso implicará uma poupança anual para o Estado superior a 25 milhões de euros e mais de 215 milhões de euros durante o período de concessão, que é de oito anos.

Em declarações à Lusa feitas no início de junho, o presidente da Transportes de Lisboa, Rui Loureiro, revelou que os contratos das subconcessões do Metropolitano de Lisboa e da Carris deveriam estar assinados e prontos a funcionar a partir de 15 de julho.

 

Lusa/SOL