O inquérito está a ser dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Acção e Penal (DCIAP) e estão em causa crimes de corrupção no sector privado, branqueamento de capitais, fraude fiscal, burla qualificada, abuso de confiança, falsificação de documentos e falsificação informática. Além de Salgado, foram constituídos arguidos antigos gestores de topo do grupo.
Isabel Almeida
Era directora financeira do BES e trabalhava sob a alçada de Amílcar Morais Pires, o administrador financeiro do banco com quem se desentendeu, depois do colapso do banco. Na comissão de Inquérito que decorreu no Parlamento, atribuiu responsabilidades ao antigo administrador e a Ricardo Salgado.
José Castella
Era uma figura de topo no grupo, com participações regulares nas discussões do Conselho Superior da família Espírito. Era o controller do GES, pelo que a gestão da tesouraria era sua responsabilidade. Era uma das vozes mais fortes no aconselhamento de Ricardo Salgado. Foi ouvido à porta fechada na Comissão Parlamentar do BES.
António Soares
Era administrador do BES Vida. Em buscas do ministério Público no final do ano passado, já havia sido apontado como arguido, mas não chegou a ser ouvido pelos deputados.
Pedro Luís Costa
Ex-administrador do Espírito Santo Ativos Financeiros. Não foi ouvido pela comissão parlamentar.
Cláudia Boal de Faria
Pertenceu à área de vendas e estruturação de produtos financeiros do BES. Também não foi ouvida na comissão.