As dificuldades económicas das famílias e o estado financeiro das empresas e do país alteraram profundamente as regras do mercado imobiliário, mas na verdade a oferta e o que os portugueses procuram em matéria de habitação continua igual.
Apartamentos em maioria
As famílias portuguesas preferem a compra e, assim que o crédito à habitação voltou, mesmo que devagarinho, as transacções aumentaram, deixando para trás o arrendamento.
Segundo os números avançados pelo Market Outlook de Julho de 2015, do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, em Abril deste ano a oferta imobiliária era de 40,28% de apartamentos; 21,69% de moradias; 18,1% imóveis com negócio; 13,9% terrenos e lotes e finalmente as quintas com 1,98%.
Na habitação, havia 65% de apartamentos e 35% de moradias. E quanto ao estado, 67,59% tinha uso, 18,03% era construção nova e os projectos em curso eram apenas 2,51% do total.
Nas tipologias o T3 domina, com 34,74%, seguido do T2 com 31,72%, do T4 com 15,08%, do T1 com 12,51% e do T5 ou superior com 5,95%.
Já sobre os valores médios de venda, o T3 é estava nos 191.300 euros; o T2 valia em média 118.250 euros; o T4 rondava os 370.600 euros; o T1 situava-se nos 95.100 euros e o T5 ou superior valia quase 626 mil euros.
No arrendamento os valores médios eram: T1 a 220 euros; T2 a 250 euros; T3 por 278 euros; o T4 de 400 euros e o T5 de 530 euros.
A oferta concentrava-se principalmente entre os 300 e os 500 euros (41,05%), seguindo-se os alugueres até 300 euros (21,25%).
Lisboa continua a ser a região com os valores mais elevados, seja para venda ou arrendamento.
Do lado da procura, 59,79% direccionou-se para apartamentos; 29,35% para moradias; 4,85% para os imóveis com negócio; as quintas captaram 2,55% das pesquisas; e os terrenos e lotes 2,23%.
O T2 foi o tipo mais procurado em Abril, com 30,66%; seguido do T3 com 29,14%; depois o T1 com 17,87%; o T4 com 15,46%; e o T5 ou superior com apenas 6,86%.
Quanto a preços, 41% dos portugueses procuraram uma casa entre os 75 mil e os 12 mil euros; 30,87% preferiam entre 125 mil e 175 mil euros; e 27,72% queriam casas abaixo dos 75 mil euros.
No arrendamento, a procura subiu em Abril e os valores mais pesquisados eram de 300 a 500 euros (39,30%). Seguiam-se habitações abaixo de 300 euros (37,91%); as que ficavam entre 500 e 750 euros (14,49%).
Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP