Huseynov, internacional azeri que alinha no Gabala (por onde passaram Marat Izmailov e Yazalde), tinha insultado um outro jornalista depois de este o ter questionado por exibir uma bandeira turca antes de um jogo contra uma equipa cipriota. (Nota: a Turquia ocupa o norte do Chipre desde 1974, e o Azerbaijão é um histórico aliado dos turcos, de quem é étnica e culturalmente muito próximo)
Rasim Aliyev comentou o incidente através do Facebook, criticando Huseynov: “Não quero que alguém tão amoral, impertinente e descontrolado me represente nos relvados europeus”.
No sábado, familiares de Huseynov agrediram violentamente Aliyev, roubando-lhe ainda a carteira e o telemóvel. Ainda no mesmo dia, o jornalista deu uma entrevista a partir da cama do hospital, responsabilizando o futebolista e a família pelo crime. Estava consciente mas ferido com gravidade: no domingo, morreu com uma hemorragia interna.
Esta segunda-feira, a polícia do Azerbaijão deteve vários suspeitos do crime, e um porta-voz do Presidente Ilham Aliyev expressou “sérias preocupações” sobre este ataque à liberdade de expressão.
O Governo do Azerbaijão é no entanto acusado além-fronteiras de perseguir jornalistas críticos. Muitos dos repórteres que investigam suspeitas de corrupção e abuso de poder estão detidos, escondidos ou exilados. Na semana passada, as autoridades azeris anunciaram ainda planos para aumentar o controlo do que é dito e partilhado em redes sociais como o Facebook e serviços como o Skype e o WhatsApp.